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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
mitologia oriental
Na mitologia oriental, hoje (9/2) é o dia da deusa protetora das mulheres: Kuan Yin ou Guanyin
Kuan Yin
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Wikipédia possui o
Portal do Budismo
Kuan Yin ou Guanyin (em chinês: 觀音; pinyin: Guānyīn; Wade-Giles: kuan-yin; em japonês: Kannon; em coreano: Gwan-eum; vietnamita: Quan Âm) é o bodisatva associado com a compaixão tal como é venerada pelos budistas da Ásia Oriental, geralmente na forma feminina. O nome Guanyin e uma abreviação de Guanshiyin (觀世音; pinyin: Guānshìyīn; Wade-Giles: kuan-shih yin) que significa "Observar os Sons (ou Gritos) do Mundo".
Os fieis de origem chinesa geralmente aceitam que Guanyin se originou com o Avalokiteśvara (अवलोकितेश्वर) sânscrito, sua forma masculina. Comumente conhecida nos idiomas ocidentais como Deusa da Misericórdia,[1] Guanyin também é cultuada pelos taoístas chineses como um dos Oito Imortais; na mitologia taoísta, no entanto, possui histórias relacionadas à sua origem que não são relacionadas diretamente a Avalokiteśvara.
A misericórdia em diferentes culturas
No budismo chinês, Kuan Yin, Guan Yin ou Guānyīn 觀音representa a compaixão ou misericórdia de todos os Buddhas e tem sua simbologia advinda do bodhisattva Avalokiteshvara, em sânscrito Avalokiteśvara (अवलोकितेश्वर), divindade tradicionalmente masculina do budismo indiano, que dá origem a várias representações asiáticas, e que chega à China com o budismo no ano de 67, sincretizando-se com divindades femininas locais. Mais tarde, no arquipelago das ilhas Filipinas, muito influenciado pela presenca do catolicismo espanhol, passou a ganhar aspectos de Madona.
Kuan Yin está associada às características femininas da maternidade e proteção, na China ligadas milenarmente de modo bastante forte à misericórdia[2]
Também no Japão a representação budista da misericórdia tem características femininas predominantes, sendo conhecida como Kannon Bosatsu観音菩薩.
No budismo tibetano recebe o nome Chenrezig, e, assim como Avalokiteśvara na Índia, tem características masculinas predominantes.
A dança da Deusa da Misericórdia
O coreógrafo chinês Zhang Jigang criou uma apresentação de dança para permitir ao público contemplar a "Kuan Yin de Mil Braços". O canal de televisão "China Central" apresentou este espetáculo ao vivo como comemoração do Ano Novo Chinês (link para um trecho do vídeo nas "páginas externas").
A dança foi apresentada por 21 dançarinas surdas integrantes da "Companhia de Arte Performática Chinesa de Deficientes Físicos." Posicionadas numa longa fila, as bailarinas conseguem dar aos espectadores a ilusão de que os movimentos de seus múltiplos braços e pernas pertencem à figura de uma única deusa.
Nu-Kua ou Kuan yin
Há cerca de seis ou sete mil anos havia um mito universal de que todos os seres eram provenientes do útero de uma Mãe Cósmica [3]; tal mito da criação universal teve lugar durante uma fase informe do mundo, aonde nada podia ainda ser identificado. Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Nu Kua (China), Temut (Egito), Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) –este último foi o termo usado mais tarde pelos escritores bíblicos para Abismo. As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" [4] organizou, separou e definou os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieroglifos, chamaram este coração de ab e os hebreus foram os primeiros a chamar de pai (ainda que masculinizassem, a idéia fundamental de família e continuidade da vida não era patriarcal).
O coração e o sangue definem um elo imanente a todos os seres que dele nasceram e uma idéia de coração oculto do universo que pulsa e mantém o ritmo de ciclos das estações, dos nascimentos, mortes, destinos. Este é o significado que está no Livro dos Mortos ou das Mutações. No mesmo sentido o livro chinês é denominado Livro das Mutações.
O nome chinês dado à Mãe Primordial e informe é Nu Kua, nome referido também entre os egípcios, gregos, mesopotâmicos e hindus. As referências a ela remontam há 2.500 a.C. e a imagem permanece venerada nas regiões setentrionais. Kuan Yin ou A Mulher é uma deusa dos casamentos e das mulheres em geral. O corpo original do I Ching chama-se (Oito Trigramas) e os sessenta e quatro hexagramas são denominados por kua, derivado linguísitico de Mãe Primordial ou Nu Kua.
Referências
1.↑ [1]
2.↑ Doré, Henry, S.J. Researches into Chinese Superstitions. Trad (do fr.) M. Kennelly, S.J. Taipei, Ch’eng-Wen Publishing Company, s/d, pp..XVIII, XXI. e Blofeld, John. Mantras. Palavras Sagradas de Poder. Trad. Isa Silveira Leal e Miroel Silveira. São Paulo, Cultrix/Pensamento, 1988, pp.60-62.
3.↑ O I Ching da Deusa,
4.↑ B. Walker, O I Ching da Deusa, p. 11
Bibliografia
•Blofeld, John. A Deusa da compaixão e do amor. O culto místico a Kuan Yin. Trad. Antonio de Pádua Danesi e Gilson César Cardoso de Sousa. São Paulo, Ibrasa, 1994.
•Doré, Henry, S.J. Researches into Chinese Superstitions. Trad (do fr.) M. Kennelly, S.J. Taipei, Ch’eng-Wen Publishing Company, s/d, pp..XVIII, XXI.
Ligações externas
O Commons possui multimídias sobre Kuan Yin
Kuan Yin, estátua de porcelana chinesa da dinastia Ming.
•Kuan Yin diz que a realidade está na mente de cada um[2]
•Mestra Kuan Yin[3]
•Kuan Yin, the Compassionate Rebel
[4]
•Kuan Yin Informações, imagens e preces[5]
•Kuan Yin Descrição[6]
•Kuan Yin e o Sutra do Coração[7]
•A lenda de Miao Shan[8]
•Organização Tzu-Chi Kuan Yin na perspectiva budista[9]
•108 Glórias de Kuan Yin[1
Kuan Yin
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Wikipédia possui o
Portal do Budismo
Kuan Yin ou Guanyin (em chinês: 觀音; pinyin: Guānyīn; Wade-Giles: kuan-yin; em japonês: Kannon; em coreano: Gwan-eum; vietnamita: Quan Âm) é o bodisatva associado com a compaixão tal como é venerada pelos budistas da Ásia Oriental, geralmente na forma feminina. O nome Guanyin e uma abreviação de Guanshiyin (觀世音; pinyin: Guānshìyīn; Wade-Giles: kuan-shih yin) que significa "Observar os Sons (ou Gritos) do Mundo".
Os fieis de origem chinesa geralmente aceitam que Guanyin se originou com o Avalokiteśvara (अवलोकितेश्वर) sânscrito, sua forma masculina. Comumente conhecida nos idiomas ocidentais como Deusa da Misericórdia,[1] Guanyin também é cultuada pelos taoístas chineses como um dos Oito Imortais; na mitologia taoísta, no entanto, possui histórias relacionadas à sua origem que não são relacionadas diretamente a Avalokiteśvara.
A misericórdia em diferentes culturas
No budismo chinês, Kuan Yin, Guan Yin ou Guānyīn 觀音representa a compaixão ou misericórdia de todos os Buddhas e tem sua simbologia advinda do bodhisattva Avalokiteshvara, em sânscrito Avalokiteśvara (अवलोकितेश्वर), divindade tradicionalmente masculina do budismo indiano, que dá origem a várias representações asiáticas, e que chega à China com o budismo no ano de 67, sincretizando-se com divindades femininas locais. Mais tarde, no arquipelago das ilhas Filipinas, muito influenciado pela presenca do catolicismo espanhol, passou a ganhar aspectos de Madona.
Kuan Yin está associada às características femininas da maternidade e proteção, na China ligadas milenarmente de modo bastante forte à misericórdia[2]
Também no Japão a representação budista da misericórdia tem características femininas predominantes, sendo conhecida como Kannon Bosatsu観音菩薩.
No budismo tibetano recebe o nome Chenrezig, e, assim como Avalokiteśvara na Índia, tem características masculinas predominantes.
A dança da Deusa da Misericórdia
O coreógrafo chinês Zhang Jigang criou uma apresentação de dança para permitir ao público contemplar a "Kuan Yin de Mil Braços". O canal de televisão "China Central" apresentou este espetáculo ao vivo como comemoração do Ano Novo Chinês (link para um trecho do vídeo nas "páginas externas").
A dança foi apresentada por 21 dançarinas surdas integrantes da "Companhia de Arte Performática Chinesa de Deficientes Físicos." Posicionadas numa longa fila, as bailarinas conseguem dar aos espectadores a ilusão de que os movimentos de seus múltiplos braços e pernas pertencem à figura de uma única deusa.
Nu-Kua ou Kuan yin
Há cerca de seis ou sete mil anos havia um mito universal de que todos os seres eram provenientes do útero de uma Mãe Cósmica [3]; tal mito da criação universal teve lugar durante uma fase informe do mundo, aonde nada podia ainda ser identificado. Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Nu Kua (China), Temut (Egito), Têmis (Grécia pré-helênica) e Tehom (Síria e Canaã) –este último foi o termo usado mais tarde pelos escritores bíblicos para Abismo. As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" [4] organizou, separou e definou os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieroglifos, chamaram este coração de ab e os hebreus foram os primeiros a chamar de pai (ainda que masculinizassem, a idéia fundamental de família e continuidade da vida não era patriarcal).
O coração e o sangue definem um elo imanente a todos os seres que dele nasceram e uma idéia de coração oculto do universo que pulsa e mantém o ritmo de ciclos das estações, dos nascimentos, mortes, destinos. Este é o significado que está no Livro dos Mortos ou das Mutações. No mesmo sentido o livro chinês é denominado Livro das Mutações.
O nome chinês dado à Mãe Primordial e informe é Nu Kua, nome referido também entre os egípcios, gregos, mesopotâmicos e hindus. As referências a ela remontam há 2.500 a.C. e a imagem permanece venerada nas regiões setentrionais. Kuan Yin ou A Mulher é uma deusa dos casamentos e das mulheres em geral. O corpo original do I Ching chama-se (Oito Trigramas) e os sessenta e quatro hexagramas são denominados por kua, derivado linguísitico de Mãe Primordial ou Nu Kua.
Referências
1.↑ [1]
2.↑ Doré, Henry, S.J. Researches into Chinese Superstitions. Trad (do fr.) M. Kennelly, S.J. Taipei, Ch’eng-Wen Publishing Company, s/d, pp..XVIII, XXI. e Blofeld, John. Mantras. Palavras Sagradas de Poder. Trad. Isa Silveira Leal e Miroel Silveira. São Paulo, Cultrix/Pensamento, 1988, pp.60-62.
3.↑ O I Ching da Deusa,
4.↑ B. Walker, O I Ching da Deusa, p. 11
Bibliografia
•Blofeld, John. A Deusa da compaixão e do amor. O culto místico a Kuan Yin. Trad. Antonio de Pádua Danesi e Gilson César Cardoso de Sousa. São Paulo, Ibrasa, 1994.
•Doré, Henry, S.J. Researches into Chinese Superstitions. Trad (do fr.) M. Kennelly, S.J. Taipei, Ch’eng-Wen Publishing Company, s/d, pp..XVIII, XXI.
Ligações externas
O Commons possui multimídias sobre Kuan Yin
Kuan Yin, estátua de porcelana chinesa da dinastia Ming.
•Kuan Yin diz que a realidade está na mente de cada um[2]
•Mestra Kuan Yin[3]
•Kuan Yin, the Compassionate Rebel
[4]
•Kuan Yin Informações, imagens e preces[5]
•Kuan Yin Descrição[6]
•Kuan Yin e o Sutra do Coração[7]
•A lenda de Miao Shan[8]
•Organização Tzu-Chi Kuan Yin na perspectiva budista[9]
•108 Glórias de Kuan Yin[1
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